segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Bienal do Livro 2010

Reitor da Uneb, Lourisvaldo Valentim

Diretora da EDUNEB, Nadija Nunes

Apresentação dos livros pelos autores
Desembarquei em São Paulo em plena sexta-feira, 13 de agosto, para o lançamento de meu livro "Acontece que eu sou baiano: identidade e memória cultural no cancioneiro de Dorival Caymmi" na Bienal do Livro 2010, no stand da ABEU (Associação Brasileira de Editoras Universitárias). A convite da EDUNEB, leia-se Nadja Nunes, diretora do selo, e na companhia de outros professores da UNEB, falamos para um público de editores e pesquisadores sobre nossos livros.

Dos 15 exemplares de "Acontece que eu sou baiano" enviados para a Bienal, 11 foram vendidos no primeiro dia e antes mesmo do lançamento. Detalhe: eu não autografei nenhum, mas fiquei feliz pelo fato de terem adquirido quase todos. Espero que com o término da feira hoje, eu tenha fechado com zero no estoque.

Aliás, a edição está praticamente esgotada, frente ao número de 300 exemplares que a FAPESB, financiadora do projeto, aprovou. 100 livros foram doados às bibliotecas da UNEB, mais 100 ficam com a editora e a outra centena é do autor.

Os exemplares da editora serão vendidos à Fundação Pedro Calmon, que selecionou o título para o projeto Mais Cultura, que distribui livros de autores baianos nas bibliotecas públicas.

Dessa forma, só resta a minha cota para o lançamento em Salvador, o que é pouco, pois metade desses 100 exemplares é para divulgação e distribuição gratuita a pessoas e instituições que colaboraram para a conclusão da obra. Assim, penso eu, a editora fará uma nova edição revisada para os lançamentos futuros. Isso para um autor estreante é uma vitória, mais ainda em se tratando de um ensaio. Tenho certeza que o tema ajuda muito no interesse das pessoas, pois quando se fala em Caymmi, as pessoas sorriem, porque de fato a música caymmiana é alegre e festiva, e sua própria imagem é um convite à felicidade.

Aliás, desde quando comecei a pesquisar sua obra, a felicidade também tem me visitado. Muito do que tenho alcançado na vida pessoal e profissional nos últimos 10 anos deve-se ao compromisso e à seriedade com assino minhas pesquisas sobre Caymmi.

Sobre Caymmi, só ressalto o que é próprio de si mesmo, ou seja, quando analiso suas canções, traço o que ele mesmo apreendeu de sua experiência como baiano, nascido e criado em uma Bahia particular e afetiva, não aquela imposta ou inventada por outros.

É sua memória o que me interessa e isso já é uma tarefa difícil de interpretar, porque somente ele a conheceu bem, e o pouco que ele nos revela, está em suas canções. Basta ouvi-las. E deixem que elas mesmas falem por si.