Na coluna Tempo Presente (A Tarde), 30 de julho, a jornalista Rita Conrado comentou sobre o projeto "Balanço Geral nos Bairros", do programa de Raimundo Varela na Tv Itapoan.
Por se tratar de um pré-candidato desde as últimas eleições municipais, o apresentador pode estar semeando ainda mais sua popularidade (e intenções de votos para ele) com este projeto que, embora seja de lazer, assistência social e cidadania para moradores humildes de bairros de Salvador, não deixa de ser uma pré-campanha à Prefeitura, mesmo que ele não admita isto.
Como observador atento, enviei uma carta ao jornal para corroborar a opinião da jornalista, que a publicou na edição de hoje, 1° de agosto, na seção "Espaço do Leitor", juntamente com a nota de esclarecimento do diretor da Tv Itapoan. Num dos pontos de sua carta, ele diz desconhecer "políticos e estudiosos de comunicação" que questionam o programa.
É incontestável o carisma de Raimundo Varela, que muitos outros apresentadores tentaram (ou tentam) imitar, mas que são uns arremedos. Sou telespectador eventual de seu programa e admiro a sua longevidade na televisão como um comunicador polêmico, embora, algumas vezes, derrape um pouco nos comentários, chegando até ser preconceituoso e deselegante.
Varela não está desrespeitando a lei eleitoral porque ainda não está registrado como candidato. E nem fala em seu programa que o será. Mas os ataques à administração de João Henrique e a sua filiação e/ou aproximação a partidos que se aninham na Igreja Universal do Reino de Deus, ligada por seus pastores a gestores da Tv Itapoan, já dão mostras de que ele, é sim, o candidato preferido da igreja.
Se não é crime eleitoral (espero que ele se afaste da bancada do Balanço Geral, caso seja efetivada sua candidatura), é falta de ética para quem tanto preza e defende isto em seu programa.
Eis a minha carta:
“Varela nos bairros
O projeto Balanço Geral nos Bairros não só causa estranheza e desconfiança em políticos e estudiosos de comunicação, mas em todos os cidadãos conscientes, telespectadores inteligentes e observadores atentos às articulações partidárias e midiáticas de Raimundo Varela e da Tv Itapoan. O programa já é uma escola de fazer candidatos à Prefeitura e à Câmara municipais, leiam-se Fernando José e Guilherme Santos, que estava sumido e agora brotou do nada. Se se cumprir a tradição, teremos outra dobradinha saída da Rua Ferreira Santos para a Praça Municipal. Parodiando o próprio clichê do programa, eu ironizo: ‘Me deixe viu, Varela!’”
Por se tratar de um pré-candidato desde as últimas eleições municipais, o apresentador pode estar semeando ainda mais sua popularidade (e intenções de votos para ele) com este projeto que, embora seja de lazer, assistência social e cidadania para moradores humildes de bairros de Salvador, não deixa de ser uma pré-campanha à Prefeitura, mesmo que ele não admita isto.
Como observador atento, enviei uma carta ao jornal para corroborar a opinião da jornalista, que a publicou na edição de hoje, 1° de agosto, na seção "Espaço do Leitor", juntamente com a nota de esclarecimento do diretor da Tv Itapoan. Num dos pontos de sua carta, ele diz desconhecer "políticos e estudiosos de comunicação" que questionam o programa.
É incontestável o carisma de Raimundo Varela, que muitos outros apresentadores tentaram (ou tentam) imitar, mas que são uns arremedos. Sou telespectador eventual de seu programa e admiro a sua longevidade na televisão como um comunicador polêmico, embora, algumas vezes, derrape um pouco nos comentários, chegando até ser preconceituoso e deselegante.
Varela não está desrespeitando a lei eleitoral porque ainda não está registrado como candidato. E nem fala em seu programa que o será. Mas os ataques à administração de João Henrique e a sua filiação e/ou aproximação a partidos que se aninham na Igreja Universal do Reino de Deus, ligada por seus pastores a gestores da Tv Itapoan, já dão mostras de que ele, é sim, o candidato preferido da igreja.
Se não é crime eleitoral (espero que ele se afaste da bancada do Balanço Geral, caso seja efetivada sua candidatura), é falta de ética para quem tanto preza e defende isto em seu programa.
Eis a minha carta:
“Varela nos bairros
O projeto Balanço Geral nos Bairros não só causa estranheza e desconfiança em políticos e estudiosos de comunicação, mas em todos os cidadãos conscientes, telespectadores inteligentes e observadores atentos às articulações partidárias e midiáticas de Raimundo Varela e da Tv Itapoan. O programa já é uma escola de fazer candidatos à Prefeitura e à Câmara municipais, leiam-se Fernando José e Guilherme Santos, que estava sumido e agora brotou do nada. Se se cumprir a tradição, teremos outra dobradinha saída da Rua Ferreira Santos para a Praça Municipal. Parodiando o próprio clichê do programa, eu ironizo: ‘Me deixe viu, Varela!’”
Marielson Carvalho, Salvador
Um comentário:
Perfeito, Marielson. Já há muito considero apresentadores como Varela e outros que disputam o horário com ele "Placebos sociais", ou seja, conseguem até enganar por um tempo, sem surtir efeito nenhum. Se eu estiver exagerando, que seja um Paliativo social, então. A bem da verdade, o povo anda carente de ouvidos e ombros para chorar as suas mazelas. Eis então as vias de escape, os mecanismos de defesa, as vãs esperanças diariamente oferecidas a quem tanto carece de algo realmente concreto.
Postar um comentário