domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rota do Açúcar - Alagoas, parte 2


Igreja Nossa Senhora do Pilar, Pilar, Alagoas


Última parada da rota, Usina Coruripe


Usina Coruripe, Coruripe, Alagoas


Praia do Gunga, Barra de São Miguel, Litoral Sul de Alagoas


Casario de Marechal Deodoro, Alagoas


Vista do cais de Marechal Deodoro, Alagoas


Conjunto arquitetônico religioso de Marechal Deodoro, Alagoas


Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro, Alagoas


Saí de Maceió sob uma forte chuva, com destino à Pilar, Marechal Deodoro e Coruripe. E isso prejudicou bastante a visita aos engenhos nessas cidades, especialmente Pilar, onde era mais difícil o acesso ao Engenho Lamarão. Não seria prudente embarcar nessa aventura.
Segundo um morador, a quem pedi informações sobre o engenho, naquela época de chuva nem caminhão ou trator chega ao Lamarão. Aproveitei assim mesmo para conhecer a cidade. Sua arquitetura tem muitos traços do século XIX, parecida com Cachoeira, na Bahia. Ali, nasceu Artur Ramos, um dos mais representativos estudiosos sobre relações raciais no Brasil.
Após uns cliques, segui caminho para Marechal Deodoro, primeira capital de Alagoas, e onde nasceu o militar que dá nome à cidade. A chuva começava a amenizar e o tempo entre nublado e com sol já me alegrava, dando a sensação de que a tarde não estava perdida. Pretendia fazer todas as cidades e pernoitar em Penedo.
Fiz um city tour pelo centro histórico da cidade que em termos de conservação era melhor do que Pilar. Não sei se devido à chuva, eu não pude ver melhor o casario de Pilar, mas à primeira vista e logo na entrada, o quarteirão antigo da parte alta era um brinco. Desci para o cais do rio, onde acontece a feira. Cheguei na parte da desmontagem das barracas e me surpreendi com mais prédios conservados, depois lendo uma faixa entendi o porquê de tanto cuidado: meses antes houve a visita do ministro do Turismo, que injetou recursos para restaurar as casas.
Dei uma passada no museu da cidade, uma casa baixa e não muito grande, onde nasceu Marechal Deodoro. Lá estão reunidas algumas peças domésticas do tempo em que o militar morava, fotos de duversas fases de sua carreira, dentre elas a de primeiro presidente da República.
Seguindo ao sul, a próxima parada era Coruripe. Estrada boa e recém-asfaltada, tentei compensar o tempo perdido devido à chuva e cheguei à última cidade da Rota no meio da tarde, mas quão decepcionante foi ao ver que a cidade em si não me encantou. Só pude ver um monumento na cidade, a igreja matriz, assim mesmo não muito bonita.
Meu objetivo era conhecer a Usina Coruripe, a maior proutora de açúcar e álcool do Nordeste. E determinado a cumprir a mssão traçada, bati no portão da fábrica. Queria conhecer as etapas de produção do açúcar naquela modalidade diferente da que se produzia na moita de outrora. Como era domingo, a administração estava fechada e o segurança só permitiu fotos da área externa.
Atando os fios desta Rota, coincidência ou não, mas isso é bem simbólico para a realização deste projeto de documentário, percebi que comecei a viagem visitando um engenho, o São João, em Itamaracá, um dos mais antigos de Pernambuco e o primeiro a transitar da energia de tração animal para a máquina a vapor, e terminei em Coruripe na mais atual evolução da produção de derivados da cana.
Satisfeito com a viagem até ali, mesmo com um pouco de cansaço por estar sempre dirgindo, queria conhecer Penedo, sabedor da importância histórica e cultural dela para a colonização do Nordeste a partir do Rio São Francisco.
Até lá, eu passaria por um dos litorais mais belos do mundo, onde o rio da integração nacional desemboca. Pena não ter tido tempo para visitá-lo como convicto praieiro que sou, mas o colocarei num dos meus roteiros futuros de passeio
Como ainda não cheguei em casa, a viagem ainda me reservaria bons momentos, mas esse é um post à parte. A Rota do Açúcar termina aqui a sua primeira incursão com um gosto amargo de não ter provado uma cachacinha nem uma rapadura. Talvez porque não fui aos engenhos da Paraíba, onde a produção desses produtos é atração principal desse projeto turístico maravilhosa, mas que ainda precisa de investimento realmente integrado não só entre as cidades de cada Estado e entre eles mesmos.
Valeu a aventura, agora é começar a escrever o projeto e começar a filmar o documentário.

3 comentários:

Ribeiro Félix disse...

Olá.. Eu estou fazendo um levantamento a respeito da gestão dessa rota RICA, e gostaria de saber se o senhor poderia me ajudar em alguma coisa, uma vez que eu estou fazendo todo o meu trabalho de TCC neste campo e universo de pesquisa.

felipe silva disse...

olá Marielson, tudo bem?
olha vc é um cara muito inteligente.amo o seu trabalho achei muito interessante.ta de parabéns !

Edvaldo Santos disse...

Ê vidão! Que bom ver que você está de boa, rapaz! Aquele abraço!